Tuesday, March 06, 2007
Bem|vindo (Hellcome).


Ela sai de casa, apressada, o dia ja vai tarde
Sente o sol na fronha, anestesia, viva p'la metade
Ressaca danada, noite mal passada, endiabrada
Tu nem dizes nada, salto alto, a saia mesmo ousada
Passo soberano, marcado e revisto
Atitude negativa, forçado, sinistro
Eu dou meia volta, traço nova rota, quando a vejo lá
Entro no café, destroco mera nota, exclamo: "Então por cá?!"
Ela, insegura, nervosa em resposta, tenta sorrir, estilo, a regra imposta
Saio abalado, dou de frosques, acelerado
Conservo na memória a marca, decote abusado
Saio triste, confuso, desorientado
Tens toda a arte, o dom, deixas-me baralhado
Ela já não crê na fantasia, no real romance, naquela paixão
E não vê que'a utopia, tem fatal alcance, chega ao coração
Eu meto o drama, sou actor sentido, em desespero
Aumento a trama, artista vencido, pobre deste meu enredo
E é p'ra recordar, d'aquele dia, palavras sábias do puto, enquanto eu gemia
De dor, d'amor, quem sabe de histeria:
"Bem-vindo ao clube dos poetas mortos sem alegria.
Ela ja nao volta, se quiseres saber, já não ha canção.
É deixa-la solta, Tens de te conter, guarda a tensão.
Ela em jeito final, de quem se vai embora:
'Não te quero mal, sou eu quem vai, vou sair agora.
Gosto de ti, não duvides, é a verdade mais grosseira,
Mas não há clique, nem flash, não há paixão verdadeira.
Gostava tanto, era tanto, de me apaixonar
Tu és perfeito, para mim, mas não posso forçar.'
Eu sei que sim, por lá todos passamos, sinto pena
Tu vês, emfim, as limitações da paixão terrena.
Hellcome, sê bem-vindo, bem-vindo...
Hellcome.."

LOL


Esa wrote on 9:14 AM.